segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Processador de Dinâmica (Compressor)

Compressão




Compressor Analógico
Compressão da Gama Dinâmica: também chamado de DRC (do inglês dynamic range compression), ou simplesmente compressão, é um processo que ajusta o nível de um sinal gerado por uma fonte sonora. A compressão pode ser utilizada sobre uma gravação, ao vivo em uma sonorização, ou em radiodifusão para controlar o volume de áudio. O dispositivo utilizado para aplicar esse efeito é chamado compressor e pode ser analógico ou digital.

A manutenção do nível de sinal dentro de limites estabelecidos provoca uma diminuição da varição entre os picos e vales da onda sonora, consequentemente reduzindo a intensidade das alterações de dinâmica. O uso desse efeito pode evitar altos níveis de sinal indesejados ou ruídos em baixos niveis de sinal, proporcionando um maior controle de amplitude.

Seu uso pode ser feito também a fim de obter deliberadamente a distorção do som original, a partir da manutenção de niveis elevados de sinal.

O compressor nada mais é do que um botão de "volume", cujos principais parâmetros são:


Threshold: Ponto de referência de amplitude do sinal, a partir do qual o compressor deverá atuar.

Ratio: Correspode à taxa de compressão. Indica uma relação de atenuação da amplitude do sinal. Todo o sinal que ultrapassar o ponto do Threshold, deverá ser atenuado conforme a taxa escolhida. Ex: (2:1/ 3:1/ 4:1/ ∞:1)
Na taxa de  ∞:1 o compressor se torna um Limiter. 

Attack: Tempo que demora para o compressor abaixar a amplitude estabelecida.

Release: tempo gasto para que o compressor retorne com a amplitude ao nível original (sem atenuação)

Modos de Compressão (Hard Knee, Soft Knee)

O Knee controla a curva da curva de resposta, que é um ângulo agudo ou tem uma borda arredondada. O modo Soft Knee lentamente aumenta a taxa de compressão, como o nível aumenta e eventualment

Soft Knee: uma solução simples para o problema causado pela mudança brusca de ganho quando o sinal atravessa o limiar. Como o problema é causado pelo fato de que a mudança repentina de ganho é porque o "Knee" na curva de resposta é uma curva fechada, a solução é suavizar a curva fechada em uma curva gradual. Esta resposta é chamada de soft knee  por razões óbvias, como pode ser visto nas figuras abaixo.


Compressão Soft Knee















Compressão Soft e Hard Knee

Tipos de Compressão Peak ou RMS

No modo PEAK os controles de attack e release ficam disponíveis ao usuário. Já no modo RMS, o compressor atua com tempos "médios" geralmente definidos pelo circuito montado pelo fabricante. É extremamente importante que para um bom aprendizado voce trabalhe sempre no modo PEAK, assim poderá compreender os resultados da compressão cada vez que alterar algum dos parâmetros.

G.R. Meter
Gain Reduction Meter. Indica a quantidade de atenuação do sinal medido em dB.

Sidechain
É uma entrada alternativa que alguns compressores podem ter. Possibilita o controle da compressão a partir de um sinal externo. O sinal que entra pelo sidechain serce apenas para disparar a compressão do que está conectado ao input do aparelho.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

09/07/10 - DIA MUNDIAL DO ROCK

Evento realizado na Sociedade Treze de Maio. Casa tradicional da cidade, conhecida pelo samba.
Arte (festa de 120 anos da Sociedade 13 de Maio)
 Fora dos roteiros turísticos, a Sociedade Treze de Maio guarda uma rica história sobre a formação da Cidade de Curitiba.
Com a Abolição da Escravatura, os “africanos livres”, buscaram meios de sobrevivência na cidade. A criação de um Clube, uma Sociedade foi concretizada em junho de 1888. Mais tarde, passou-se a comemorar a fundação na data em que a Sociedade carrega no nome. Localizada numa região chamada de Boulevard São Francisco, habitada por negros, a Treze de Maio era ponto de referência para 99% dos libertos. Nela dividiam-se tarefas administrativas, convocavam reuniões, arrecadavam fundos, prestavam assistência aos irmãos necessitados, inclusive organizando enterros e funerais dignos, além de festas e outros eventos.


Mas como hoje o que queremos é a aboliçao do preconceito, seja ele racial, étnico ou de qualquer outro escalão, a casa abre as portas para os mais diversos tipos de eventos. Como o evento em questão, comemorando o DIA MUNDIAL DO ROCK, aonde pudemos assistir aos show das bandas curitibanas The Bone, Banda Paranóia (com repertório em tributo a Raul Seixas) e da Banda Bindagem.



Blindagem

Blindagem
A banda Blindagem pode ser considerada a cara paranaense do rock. Fundada no final dos anos 70, tornou-se a banda mais conhecida do Paraná ao longo dos anos. Foi a primeira do Estado a conseguir destaque nacional, com sucessos tocando nas rádios de todo país e shows nos principais programas de televisão da época. Com sua própria linguagem e estilo, a banda conquistou fãs de várias gerações, que continuam prestigiando a banda onde quer que ela toque. A Blindagem é formada pelo vocalista Rodriggo Vivazs, Paulo Teixeira (guitarra), Alberto Rodriguez (guitarra), Paulo Juk (baixo) e Rubén “Pato” Romero (bateria).

Blindagem - Miragem by Rafael Recording
Blindagem - Lá vai o Trem by Rafael Recording

Banda The Bone

Banda The Bone
Nascida no ano de 2008 em Curitiba, a banda originou-se de outras bandas de rock da cidade. Estes amigos, aliando suas vidas profissionais e particulares à música, têm a banda não só como um hobbie, mas também como um compromisso de honrar o trabalho desenvolvido na música, hoje infelizmente esquecido pela mídia.

Focando os Clássicos do Rock’n Roll em todas as suas origens e vertentes (Blues, Hard Rock, Punk e Heavy Metal), a banda prestigia a todos os roqueiros de todas as gerações interpretando bandas como Rolling Stones, Deep Purple, AC DC, Black Sabbath, Nazareth,, KISS entre outras.

The Bone by Rafael Recording


Paranóia
Ensaio Banda Paranóia

A Banda Paranóia foi formada em 2008 para fazer um TRIBUTO A RAUL SEIXAS. O repertorio além do Tributo conta também com musicas do ROCK, POP e pitadas de MPB.







Paranóia by Rafael Recording

Yamaha O3D

O sistema 
Mesa Yamaha O3D

Microfones: Shure SM58 SM57, Sennheiser Freeport, AKG dinãmico supercardióide e kit Sound King
Gravação Sinal L/R via S-PDIF

MacBook e M-Audio Fast Track Ulta
ProTools M-powered 8

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Minha Alegria

Gustavo Proença - Minha Alegria

Show do compositor e percussionista Gustavo Proença, com composições autorais resultantes de suas pesquisas sobre os ritmos brasileiros. O evento ocorreu no Teatro José Maria Santos, no dia 10 de novembro de 2010 e contou como tema as raízes do samba e suas vertentes.

Graduado em Música pela Faculdade de Artes do Paraná, nosso amigo Gusta foi acompanhado por conceituados artistas da cena curitibana como: Lucas Melo (violão), Tiago Portella (cavaquinho e produção músical), Evandro Manchinha (gaita ponto), Alex Figueiredo e Denis Mariano (percussão), Priscila Pontes e Teka Simon (vocais) e a participação especial da vocalista Iria Braga.

O Sistema


P.A. Mackie Thump
Monitores Antera
Mesa Yamaha 01v96
Equalizador Techvox 2313xs
Microfones Shure SM58 SM57, Behringer ECM8000, Sennheiser Freeport, kit SoundKing
Direct Box
Macbook e interface M-audio Fast Track Ultra

Confira o resultado:

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Microfones para aplicações específicas

Shotgun

A necessidade de um microfone com ângulos de cobertura extremamente estreitos (60° a 30°), para captação a longa distância levou os pesquisadores a criarem um tipo de novo diagrama polar baseado em interferência de fase. Por dentro o tubo não é oco, mas tem uma série de peças que se destinam a corrigir a impedância acústica e a resposta de freqüência do sistema.

Quando a fonte está ao lado do microfone, cada onde penetra por árias ranhuras ao mesmo tempo. Neste caso, cada trecho da onda chega à membrana com um atraso diferente resultando em uma série de interferências de fase. Nesse tipo de microfone, a resposta de freqüência varia muito para cada ângulo de incidência. Ele é capaz de "isolar" quase que perfeitamente os sons indiretos e tem alta sensibilidade aos sons vindos no eixo de captação.
Shotgun
Parabólico

O efeito da parábola, cujas reflexões, são todas direcionadas para o mesmo ponto, provoca uma amplificação do som que está sendo captado. O problema é que ele não responde a ondas maiores que o diâmetro do disco, isso pode tornar o som artificial. É mais aconselhado para a captação de sons com a resposta de freqüência limitada e de longas distâncias.
Microfone Parabólico

Lapela

São normalmente microfones do tipo condensadores ou eletreto, de pequenas dimensões que podem ser disfarçados e utilizados em locais pouco comuns.  Normalmente são colocados no tórax, onde a emissão da voz não é a ideal. Sofrem muito com a interação do local onde são colocados e em muitos casos ficam sujeitos a ruídos de roupas e outros acessórios. Frequentemente têm resposta de freqüência realçada nos agudos que muitas vezes serve para compensar a perda de brilho causada pela absorção dos tecidos colocados em volta da cápsula. São em sua maioria ominidirecionais.
Microfone lapela


domingo, 2 de janeiro de 2011

Técnicas de captação estéreo

As técnicas de captação em estéreo são utilizadas quando queremos registrar e/ou reproduzir a sensação de espaço que envolve nossa percepção auditiva de um evento acústico. Todos os elementos devem ser considerados, desde a reprodução das imagens lateral e central, passando pela sensação de profundidade ou distância e ainda pela sensação acústica de envolvimento com o ambiente, que normalmente é representado por reverberação. O Surround faz com que essa experiência seja ainda mais real e conta com o auxilio dos efeitos de psicoacústica causados principalmente pelas defasagens.

Há quatro grupos principais de técnicas utilizadas:

  • Par Coincidente (X-Y, M-S e Blunlein)
  • Pares espaçados (A/B, 3x1, Deca Tree)
  • Par quase Coincidente (ORTF)
  • Cabeça Artificial (Dummy Head)
X-Y

Está técnica requer dois microfones direcionais idênticos, normalmente Cardióides. As cápsulas devem estar muito próximas - de preferência sobrepostas - formando ângulos que podem virar entre 90 e 130°. Quando montados de maneira correta, o resultado de sua soma em mono deve sofrer um acréscimo de até 6 dB na amplitude do sinal, sem cancelamento de fase.



M-S



Consiste também em dois microfones, um direcional apontado para o centro em direção à fonte sonora e outro, figura 8, com seu eixo rotacionado 90° em relação ao microfone do centro. O microfone figura 8 deve ter seu sinal duplicado com os controles de PAN completamente opostos; um 100% para esquerda e o outro 100% para a direita. O canal que tiver o PAN totalmente virado para a direita deve sofrer uma inversão de polaridade para que haja imagem estéreo quando somado ao microfone central. Assim a codificação MS ficará: M+S= L, enquanto que M-S=R.


Blumlein (Duplo 8)


Blumlein foi o precursor de todas as técnicas de captação que conhecemos hoje. Foi o primeiro a realizar  experiências com a captação quadrifonica que por sua vez é a antecessora do surround. A técnica do duplo 8 utiliza obviamente dois microfones bi-direcionais (figura 8) no mesmo ponto, só que rotacionados 90°entre si. Usa-se a mesma condição de sinais do M-S só que para dois microfones. Essa técnica tem bons resultados quando usamos distancias muito próximas. Tem uma separação de canais maior do que a técnica x-y e é um dos alicerces do surround.

Pares espaçados

A-B


Dois microfones idênticos são posicionados a uma mesma distância do centro da imagem. A imagem estéreo vem da defasagem e das diferenças de amplitude e resposta de freqüência dos sinais que chegam aos dois microfones. Não são compatíveis em mono, mas podem produzir imagens grandiosas de acordo com a interação com a fonte sonora.

3x1

Usa basicamente o mesmo princípio do A-B só que com uma regra de posicionamento e distância entre as cápsulas. Se um dos microfones estiver a 1 metro da fonte sonora, o outro também deverá estar, mas entre eles a distância deve corresponder a 3 vezes esse valor; neste caso, 3 metros.

Deca Tree


Criado pelos estúdios Deca, utiliza microfones direcionais numa combinação de distâncias e posicionamento que oferecem ao mesmo tempo as sensações de estereofonia e profundidade. É a técnica que mais se aproveita para as captações surround e guarda a mesma distância entre os microfones num arranjo em "arvore"



Par quase Coincidente (ORTF - Office de Radiodiffusion - Television Française)


Desenvolvida pela ORTF especialmente para a transmissão de concertos de música clássica, essa técnica que leva ao mesmo tempo o nome de seus criadores, utiliza normalmente dois microfones cardióides que podem ser angulados entre 70° e 140° e espaçados de 17 cm a 21 cm. A idéia é reproduzir a defasagem existente entre nossos ouvidos.

Cabeça artificial (Dummy Head)


O objetivo é tentar simular ao máximo o processo que envolve a nossa audição, literalmente copiando uma cabeça humana e colocando microfones em seus "ouvidos". A cabeça artificial simula inclusive, os cancelamentos de fase causados pelas reflexões da orelha. Na resposta de freqüência desse tipo de microfone nota-se um forte cancelamento na região dos agudos. Quando ouvimos de fones, essa técnica mostra uma realidade impressionante "enganando"perfeitamente o nosso cérebro.

Modelo de Dummy Head



Direcionalidade dos Microfones (padrão polar)

A resposta direcional é a maneira pela qual o microfone responde  a sons vindos de diferentes direções. A resposta direcional de um microfone é registrada normalmente em um diagrama polar. Este diagrama mostra o nível de pressão “percebido” pelo microfone vindo de todos os ângulos, em diferentes faixas de freqüência.

De forma geral, isso não depende do tipo de construção dos microfones, mas na maioria dos casos, a forma de construção pode influenciar o resultado e o tipo de padrão polar daquele microfone.

O padrão polar de um microfone pode determinar sua utilização para diferentes aplicações. Abaixo temos diferentes tipos de diagramas polares dos microfones.



Cardióide
Supercardióide
Hipercardióide
Figura 8 ou Bidirecional
Ominidirecional

Os microfones omnidirecionais captam o som de todas as direções de maneira praticamente igual. Funcionarão igualmente bem tanto quando apontados para longe quanto apontados na direção do tema, se as distâncias forem iguais. No entanto, até mesmo os melhores modelos omni tendem a se tornar direcionais em freqüências mais elevadas; assim, o som que vem por trás pode parecer um pouco mais “embotado” do que o que vem pela frente, embora pareça igualmente “alto”.

O tamanho físico do microfone omnidirecional tem relação direta com a manutenção de suas características omnidirecionais em freqüências muito elevadas. O corpo do microfone simplesmente bloqueia os comprimentos de onda mais curtos das altas freqüências que chegam por trás. Por isso, quanto menor o diâmetro do corpo do microfone, mais ele pode se tornar verdadeiramente omnidirecional.


Shotgun

Os microfones direcionais são especialmente projetados para responder melhor a sons que vêm pela frente (e por trás, no caso dos bidirecionais), tendendo a rejeitar sons que chegam de outras direções. Esse efeito também varia com a freqüência, e somente os melhores microfones são capazes de proporcionar rejeição uniforme em uma ampla gama de freqüências. Essa capacidade direcional geralmente é resultado de aberturas externas e passagens internas no microfone, que permitem que o som alcance os dois lados do diafragma de maneira cuidadosamente controlada. O som que chega pela frente do microfone ajudará a movimentar o diafragma, enquanto o som que chega pela lateral ou por trás cancelará o movimento.

Exemplo supercardióide


sábado, 1 de janeiro de 2011

Captação - Recital de Piano a quatro mãos



Trabalho realizado no dia 28 de outubro de 2010 em Curitiba na Capela Santa Maria. Espaço minuciosamente reformado, aonde encontrei uma das melhores, se não melhor acústica da cidade.

Capela Santa Maria


A proposta era captar o som do concerto "Recital de Piano a quatro mãos, realizado pela pianista russa Olga Kiun e a sua filha, a também pianista Anna Yarovaya, residente na Alemanha. O repertório contou como tema a música eslava, seja ela escrita por compositores propriamente desta origem ou retratada segundo a visão de compositores ocidentais. No primeiro caso insere-se a obra a ser executada de autoria do russo S. Rachmaninof e no segundo caso as demais peças do programa, de autoria de J. Brahms, A. Dvorak e o contemporâneo, também russo, A. Rosenblatt.
Olga Kiun e a sua filha Anna Yarovaya 















O objetivo do projeto era valorizar o instrumento adquirido relativamente há pouco tempo pela Fundação Cultural de Curitiba, que se encontra atualmente na Capela Santa Maria. Este piano é principalmente utilizado como acompanhador ou integrante de conjuntos de música de câmera. Desempenhando este tipo de papel secundário, raramente o público curitibano tem oportunidade de apreciá-lo desempenhando plenamente todo o seu potencial. Atualmente, este é um dos melhores pianos da cidade e o público pode ouvir, durante o projeto “O Piano” todas as suas possibilidades timbrísticas e expressivas. Desta maneira, dentro do âmbito da música de câmera, a formação piano quatro mãos é a única que permite isso.


Concerto 2 by Rafael Recording



Material utilizado para a captação:
Interface M-audio Fast Track Ultra
2 microfones Rode NT5-MP (captação X-Y)
2 microfones Neumann KM184 (captação Par espaçado A-B)
Pro Tools m-powered 8
Sistema operacional Mac OS X Versão 10.6.4
Rode NT5-MP
Neumann KM184




Microfone

O microfone é um transdutor que converte o som em sinais elétricos. A invenção do microfone prático foi crucial para o desenvolvimento inicial do sistema telefônico. Em 4 de março de 1877 Emile Berliner inventou o microfone, porém, o primeiro microfone utilizável foi o inventado por Alexander Graham Bell. Muito do desenvolvimento inicial no desenho dos microfones foi alcançado nos Laboratórios Bell.
Emile Berliner


Tipos de Microfone

1 – Microfones Dinâmicos

Bobina Móvel

Sempre que movimentamos um fio condutor dentro do campo magnético de um imã, ocorre a indução de tensão elétrica e aparece corrente em suas extremidades. O microfone dinâmico é o que mais se assemelha a um alto falante. Consiste em uma membrana ou diafragma, acoplado a uma bobina de fio muito fino, mergulhada em um campo magnético de um imã fixo. O diafragma é sustentado por uma suspensão elástica. Quando esse conjunto se move devido a vibração de pressão do ar – normalmente causado por uma onda sonora – aparece no fio da bobina uma variação de corrente semelhante ao movimento mecânico sofrido pelo conjunto, pois sempre que se movimenta um fio condutor dentro do campo magnético gerado por um imã, ocorre indução de tensão elétrica e aparece corrente nas extremidades desse fio.
A massa do conjunto (diafragma + bobina) e a elasticidade limitada da suspensão impedem que variações muito pequenas de pressão consigam colocá-lo em movimento. Por este motivo, o microfone dinâmico não tem boa sensibilidade e não consegue reproduzir fielmente sons de baixa intensidade.
A habilidade dos microfones responderem a sinais de altas freqüências depende da velocidade de reação do sistema móvel. Quanto mais pesado for o conjunto, mais difícil será, para ele, vencer a inércia e colocar-se em movimento.












Microfone de Fita

O inconveniente da “dureza” dos microfones dinâmicos levou os projetistas a criarem uma variação desse tipo de microfone. Foi ai que surgiu o microfone de fita.
O diafragma foi substituído por uma finíssima fita corrugada de metal – inicialmente alumínio – que fica suspensa pelas pontas, dentro de um campo magnético de um imã. O sinal elétrico gerado é pequeno se comparado com os microfones dinâmicos de Bobina Móvel, mas como a massa do conjunto móvel é menor, os microfones de fita possuem baixa condição inercial. Entretanto, são menos robustos, visto que a fita é estirada verticalmente e por isso sujeita a grande variações de pressão, o que pode facilmente arrebentar a fita. Além disso, um transformador na saída é necessário para dar ganho e corrigir a impedância do sistema.
A resposta de freqüência é mais “flat” em relação aos dinâmicos de Bobina Móvel, mas microfones de fita podem apresentar picos de ressonância geralmente em freqüências mais baixas.
Um dos primeiros microfones de fita RCA PB-31



















2 – Microfones Condensadores

Neumann TLM 103
 O microfone condensador utiliza outro principio para a conversão de pressão sonora em variação de corrente elétrica. Nele há duas placas metálicas que são eletricamente carregadas; uma delas atua como um diafragma – e, portanto, pode se mover com a variação de pressão – a outra é fixa. Quando colocamos duas placas metálicas paralelas com o dielétrico (isolante) entre elas, criamos na verdade um capacitor. A variação da pressão sonora faz com que a placa móvel entre em movimento, alterando o espaço entre as duas placas. Isso provoca variação da capacitância, gerando uma diferença de potencial elétrico, que pode ser amplificada para um valor utilizável.
Para aumentar essa pequena voltagem, uma válvula ou um transistor podem ser utilizados como pré amplificadores. É justamente por isso que podemos ter microfones valvulados ou transistorizados. Ambos não passam de microfones condensadores, com o estágio de pré-amplificação embutidos no próprio microfone. É justamente ai que entra o Phantom Power: para alimentar o circuito eletrônico do pré-amplificador e para carregar as placas do capacitor, polarizando-as.
Microfones condensadores são extremamente eficientes e têm alta sensibilidade, pois a placa metálica, que funciona como diafragma, é na verdade, uma película de plástico banhada por uma fina camada de metal condutor – normalmente ouro – tornando-a muito leve. Isso também faz com que a velocidade de reação desse tipo de microfone seja muito rápida, oferecendo melhor resposta a transientes e às altas freqüências. Hoje em dia talvez sejam os microfones mais utilizados em diversas aplicações, pois as novas tecnologias utilizadas na fabricação dos pré-amplificadores possibilitam exposições a pressões sonoras superiores a 140 decibéis.
Neumann. Referência mundial.















Eletreto

A principal diferença entre um microfone condensador e o eletreto, é que este último usa uma polarização permanente nas placas que formam o capacitor. Isso evitaria a necessidade de Phantom Power, não fosse a existência do pré-amplificador.
A vantagem é que eles podem ser construídos em tamanhos muito reduzidos e por isso, são microfones mais utilizados em gravadores portáteis. Um dos problemas dos eletretos é que eles perdem a carga a longo prazo. Também podem ser chamados de “Permanently-Biased Condenser”.
Gravador Tascam















Características de Overload

Um microfone pode produzir distorções ao receber altos níveis de pressão sonora. Em microfones dinâmicos isso pode acontecer quando a bobina é deslocada para fora do campo magnético do imã; em um condensador o amplificador interno pode “saturar”. Distorções constantes podem danificar permanentemente o diafragma, atrapalhando sua performance. No caso de um microfone de fita, a fita pode ser esticada e até rasgada, inutilizando-a permanentemente.


Espero ter ajudado e futuramente nos aprofundaremos mais na direcionalidade e nos tipos de figura de captação.

Boas Vindas


Olá Amigos é com imenso prazer que dou inicio a mais um blog. Este com o intuito de transmitir conhecimentos, técnicas, novidades e a história da evolução do Áudio.
Deixo o espaço aberto para críticas, dúvidas e opiniões.
Desejo a todos um Feliz Ano Novo! Repleto de sonorizações, gravações, dimensionamentos e soluções neste vasto universo do Áudio e Acústica.